Antônio Brasileiro, poeta, professor e doutor, recebeu no dia 10/09, 11 dos 15 votos da Academia Baiana de Letras para ocupar a cadeira de número 27 , que já pertenceu aos escritores Jorge Amado e Zélia Gattai. “Sinto-me honrado com a indicação”, comentou Brasileiro, que ensina Teoria da Literatura na Universidade Estadual de Feira de Santana – Uefs. Ele disse que os votos recebidos para esta eleição traduzem o carinho dos muitos amigos que tem na ALB. “A Academia é uma casa de pessoas ligadas ao trabalho intelectual, mas para mim é também uma casa de amigos. Independentemente de eu ser eleito, a indicação para mim já é importante”, declarou.
Autor de 25 obras, entre elas Dedal de Areia, que venceu a edição de 2004 do Prêmio Durval de Morais, da ALB, Brasileiro é mestre em letras pela Ufba e doutor pela Universidade Federal de Minas Gerais.
Autor de 25 obras, entre elas Dedal de Areia, que venceu a edição de 2004 do Prêmio Durval de Morais, da ALB, Brasileiro é mestre em letras pela Ufba e doutor pela Universidade Federal de Minas Gerais.
BRINDE
Antônio Brasileiro
Se a mente, que não é nada, mantém-se quieta
e as vozes do remorso não persistem,
eis o momento de desvendar enigmas,
de relembrar caminhos
e de tomar uns chopes com os amigos.
Pois se a mente, que não é nada, está quieta
– os enigmas mais crus, domesticados –
e o passado é um pássaro em nossa mão,
eis que o homem conhece a perfeição.
E como tudo passa tão rapidamente,
é bom brindar essas coisas com amigos.
(20/12/1992)
e as vozes do remorso não persistem,
eis o momento de desvendar enigmas,
de relembrar caminhos
e de tomar uns chopes com os amigos.
Pois se a mente, que não é nada, está quieta
– os enigmas mais crus, domesticados –
e o passado é um pássaro em nossa mão,
eis que o homem conhece a perfeição.
E como tudo passa tão rapidamente,
é bom brindar essas coisas com amigos.
(20/12/1992)
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