segunda-feira, 13 de abril de 2009

Outros e Outros “Doces” Bárbaros


Desde a minha ida para a fazenda no fim de semana de 21 de abril, aniversario de minha querida tia-mãe Vone, fiquei tentada para assistir Outros (doces) Bárbaros, 2002 , filme dirigido por Andrucha Waddington, produzido pela Conspiração Filmes e distribuído pela Biscoito Fino.
A Pir levou o filme, mas o sono de um dia inteiro correndo atrás de crianças não permitiu. Nesse feriado de Páscoa, depois de uma queima de Judas psicológico, assisti o tal filme crente que vivenciaria momentos de nostalgia, alegria, prazer coletivo e irreverência do grupo formado por Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Betânia, que em 1976 trouxe o deleite do tropicalismo para a história da música brasileira.
“Outros” mostra os bastidores dos ensaios, entrevistas diárias para a imprensa e pedaços dos shows realizados na praia de Copacabana e no Parque do Ibirapuera. A intenção do reencontro partiu de Betânia, permanentemente muda durante os ensaios, mas com opiniões cênicas plausíveis, um Gilberto Gil diretor musical e suuuper entusiasmado com o evento, uma Gal plural, permissiva e segura, e um Caetano desnecessariamente agressivo, pedante com a imprensa do Rio, por motivos óbvios, participativo mas com eternas filosofias de banheiro.
Fora a musica O Seu Amor (Gil), o filme não transmite emoção alguma. Apenas uma tentativa frustrada de resgatar um momento mágico que não voltou sequer por um instante. Nisso eu tenho que tirar o chapéu, “Outros” realmente trás Outras pessoas, em Outros momentos. Não podia ser diferente!

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