segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

A Hora e a Vez das Gordinhas

O site americano Jezebel levantou uma boa questão: por que as gordinhas só ganham destaque quando aparecem peladas? Podem reparar: todo editorial de moda ou campanha publicitária que se propõe a exaltar as medidas abundantes (muito mais comuns entre nós do que as exíguas dimensões das modelos) expõe as mulheres sem roupa. Ou, no mínimo, de calcinha e sutiã. Será que essas iniciativas realmente contribuem para mudar os padrões de beleza ou só estão reforçando estereótipos? Até hoje, a imagem das mulheres mais cheinhas, que correspondia ao ideal de beleza de séculos passados, cheias de volúpia, continua em nossas mentes.
Mostrar meninas cheias de curvas, exibindo um modelito elegante, como aqueles ostentados nos desfiles de Paris e Milão apenas por modelos magérrimas, talvez nos fizesse repensar de maneira mais profunda nossos padrões de beleza. Seria mais eficaz do que apostar na “transgressão” das cheinhas sem roupa. Por que as gordinhas – na verdade, todas nós mais ou menos rechonchudas em nossas formas – também não podemos ser lembradas como elegantes e poderosas em vez de cheias de amor para dar?

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Clendário de Desfiles Internacionais

Paris Alta-Costura: de 25 a 28 de janeiroNuma época de crise, a única semana de alta costura do mundo resiste. Na passarela, roupas trabalhadas em ateliês com bordados e luxo e as mãos habilidosas das melhores costureiras. Um modelo Chanel pode demorar até 500 horas para ficar pronto. A clientela reduzida – menos de 200, dizem, no mundo inteiro – compra as criações exclusivas. É um ofício em extinção e apenas 12 marcas sobreviveram. Na alta-costura, há também a moda noiva. A ausência de Christian Lacroix será sentida, já que ele desfilou em 2009 mas fechou o ateliê no final do ano.

Semana de Nova York: de 11 a 17 de fevereiroA temporada americana teve, em 2009, uma semana de moda paralela em que desfilaram Alexander Wang e os novos estilistas. Marc Jacobs desfilou também fora da oficial. No evento principal, os estilistas que deram a cara da moda americana: Diane Von Furstenberg, Donna Karan, Anna Sui, Tommy Hilfiger, Calvin Klein e Ralph Lauren...

London Fashion Week: de 19 a 24 de fevereiroA semana de moda inglesa é conhecida por ser menos comercial e mais criativa. Não é à toa que lá despontaram nomes como McQueen e Gareth Pugh que, depois, foram para Paris. Apesar disso, vinha perdendo sua importância. Em 2009, no 25º aniversário, voltou as holofotes e até Anna Wintour voltou a freqüentá-la. Em 2010, terá um dia só de moda masculina. Entre os destaques, Burberry (Christopher Bailey foi o estilista do ano de 2010 na premiação inglesa) e Vivienne Westwood (a linha Red Label, já que também desfila em Paris). O BFC NewGen revela os novos estilistas.

Semana de moda feminina de Milão: de 24 de fevereiro a 3 de marçoA última temporada teve polêmica. Tudo começou com duas críticas – do International Herald Tribune e do Financial Times, em que as moda das passarelas foi considerada vulgar e que, segundo as críticas dos jornais, isso teria uma relação com o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, na época envolvido em escândalos sexuais. Os estilistas italianos reagiram revoltados. No line-up,Versace, Missoni, Dolce & Gabbana e Fendi, entre outros.
Prêt-à-Porter Paris : de 3 a 11 de marçoA mais importante de todas. O evento faz de Paris sua sala de desfiles. Eles acontecem espalhados pela cidade. No Musée de l'Homme, na praça do Trocadéro, no Palais de Tokyo, no Carrossel du Louvre, no Jardim das Tuileries e nos próprios ateliês dos criadores. Há desde o clásssico dos clássicos - com Chanel - aos vanguardistas, caso de Hussein Chalayan, além de Balenciaga, Balmain, Issey Miyake, Dior, Vivianne Westwood, Alexander McQueen, Lanvin,.Cacharel, Givenchy, Stella McCartney, Valentino... O que acontecer lá irá refletir nas vitrines de todo o mundo.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Doc Registra a Força da Rádio AM em Feira

O radiojornalista e pesquisador de rádio Emerson Azevedo produziu, no final de dezembro de 2009, um documentário jornalístico, que aborda a Força do Rádio Am na cidade de Feira de Santana, entrevistando profissionais consagrados e uma ouvinte sobre os aspectos que fazem do rádio Am a mídia mais forte da cidade. O trabalho é resultado do curso de Jornalismo online 2..0, promovido pelo Centro Knight para o Jornalismo nas Américas da Universidade do Texas em Austin.
O rádio em feira de Santana é referencia em várias cidades do Brasil e já revelou talentos para a comunicação do Brasil a exemplo do repórter João Santos atualmente na Tv Record. A força de influência e mobilização da mídia radiofônica é resumida pelo pesquisador numa frase: “A mídia que manda na cidade é o rádio Am, você respira todo mundo ouve é impressionante a força que o rádio tem aqui”, finaliza.

Link do vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=L1FxEOpUV-s

domingo, 3 de janeiro de 2010

Feliz Ano Novo!

Novos Desejos!
Novas Conquistas!

Novos Amores!

Novas Perspectivas!

Novas Amizades!
Novos Projetos!

Novos Brindes!

Novos Sonhos!

Novas Roupas!

Novos Olhares!

Novos Valores!

Novas Medidas!

Novas Luas!

Novas Brincadeiras!

Novos Sabores!

Novos Horários!
Novas Viagens!

Novos Sapatos!

Novas Experiências!

Novas Festas!

Novos Filmes!
Novos Sons!

Novas Esperanças!

No Ar...

Desde a noite de Natal vinha tentando acessar o blogspot sem sucesso. Perguntei algumas vezes no twitter qual o motivo desse site estar fora do ar por tanto tempo e um colega dividiu a sua aflição comigo, mas também não soube responder a questão.
Enfim, consegui postar o texto que fiz pós-Natal (Revisitando o Natal) e desejo a todos um lindo 2010! Com blogspot no ar!...

Revisitando o Natal


Após a confraternização familiar da noite natalina, me refugiei na fazenda com alguns entes e me pus a refletir sobre todas as fases da minha vida e o olhar que tinha sobre o Natal em cada uma delas.

Na infância, a magia imperava, apesar dos meus pais nunca terem incutido a crença no Bom Velhinho em mim e na minha irmã. Mesmo assim o momento era de encanto: roupa e sapatos novos, meias-calças brancas de bolinhas da mesma cor, cabelos arrumados e a ansiedade do encontro com os primos e da surpresa dos presentes. Nessa época, ainda não tinha o paladar apurado para as delícias de uma boa ceia. O foco era o encontro, a correria, o rasgar dos papeis de presente, a euforia de compartilhar o brinquedo recém conquistado e saber que no fim da noite, já com a meia-calça com fios puxados, ele iria para casa comigo.

Como sou de família evangélica, em todas as noites de Natal celebramos um culto para resgatar o real significado dessa comemoração: o nascimento de Jesus. Esses cultos traziam (e ainda trazem) reflexões e fazem com que todos participem, como numa dinâmica de grupo, dando a sua contribuição a partir de um depoimento sobre o tema proposto. O desse ano foi GRATIDÃO.

Quando cheguei a adolescência, esses cultos tornaram-se enfadonhos. Os presentes tornaram-se lembrancinhas e não existia mais a vontade de usar a melhor roupa. Os encontros eram bons. Revia meus tios, primos e principalmente meus avós, que na mesma data comemoravam aniversário de casamento.

Comecei a apreciar os pratos natalinos, mas sentia saudades da encenação do nascimento de cristo com os primos Fabrício, Juninho e Maurício caracterizados dos três Reis Magos, e de tio Tâno vestido de Papai Noel no lendário Natal de Aracajú. Mas a fase era de transgredir! Queria sair, namorar, viajar e aquele encontro me sugava para as minhas raízes, me sacudia do mundo de “ilusões” que eu vivia, me trazia para o seio da minha família, me fazia refletir e se tornava perturbador.

A minha adolescência não foi nada fácil. Graças a Deus tive um super Anjo da Guarda e a paciência interminável da minha família. Sempre tive uma comunicação aberta com os meus pais, mas determinadas peripécias eram inconfessáveis. Tropecei, errei, caí, levantei. Amadureci e aprendi a dar o valor merecido à família. Esse resgate aconteceu aos poucos, num processo de reencontro com a essência maternal.

Me apaixonei e mergulhei de cabeça nessa relação. Conheci o amor através dos meus filhos e o Natal passou a ter um significado maior. Perdi meu avô ainda grávida do primeiro bebê e soube que a partir daquele momento os nossos Natais não seriam os mesmos. A alegria de vovô era ver a família reunida: filhos, genros e noras, netos e bisnetos. Amava as comidas, as orações de mãos dadas e os carinhosos presentes que recebia. Se recolhia cedo. A ausência de vovô ainda me dá uma sensação de vazio.

Assim como os meus pais, sempre disse a verdade aos meus filhos sobre a existência do Papai Noel. Mas a vida faz bem o seu papel, fechando os ciclos, se tornando uma repetição. Lemos histórias sobre o nascimento de Jesus, fazemos orações pela paz mundial, preservação da natureza e pelo fim da fome. Visto neles as melhores roupas e sapatos, apesar de neste ano ter levado por engano um sapato do Bernardo para o Cristovão, obrigando-o a ceiar de chinelos.

Sinto neles a mesma emoção que tinha quando criança, ao ver as luzes da decoração da cidade, a linda árvore enfeitada com presentes, o entusiasmo de reencontrar os priminhos. Vejo em mim, hoje, o amor dos meus pais, o prazer em estar com os meus, em me reconhecer nas crianças, em fazer parte da minha família propagando entre os meus filhos a tradição do Natal e transmitindo os valores reais dessa festa.

A minha GRATIDÃO desse ano foi pela vida dos meus pais e pelo apoio que recebo deles, foi pela amizade e colaboração constante de Aline, pelo comprometimento e doação irrestrita do pai dos meus filhos, pela existência feliz dos meninos e por ser quem eu sou hoje, resultado da minha trajetória.