Mostrar meninas cheias de curvas, exibindo um modelito elegante, como aqueles ostentados nos desfiles de Paris e Milão apenas por modelos magérrimas, talvez nos fizesse repensar de maneira mais profunda nossos padrões de beleza. Seria mais eficaz do que apostar na “transgressão” das cheinhas sem roupa. Por que as gordinhas – na verdade, todas nós mais ou menos rechonchudas em nossas formas – também não podemos ser lembradas como elegantes e poderosas em vez de cheias de amor para dar?
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
A Hora e a Vez das Gordinhas
Mostrar meninas cheias de curvas, exibindo um modelito elegante, como aqueles ostentados nos desfiles de Paris e Milão apenas por modelos magérrimas, talvez nos fizesse repensar de maneira mais profunda nossos padrões de beleza. Seria mais eficaz do que apostar na “transgressão” das cheinhas sem roupa. Por que as gordinhas – na verdade, todas nós mais ou menos rechonchudas em nossas formas – também não podemos ser lembradas como elegantes e poderosas em vez de cheias de amor para dar?
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Clendário de Desfiles Internacionais
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Doc Registra a Força da Rádio AM em Feira
Link do vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=L1FxEOpUV-s
domingo, 3 de janeiro de 2010
Feliz Ano Novo!
No Ar...
Enfim, consegui postar o texto que fiz pós-Natal (Revisitando o Natal) e desejo a todos um lindo 2010! Com blogspot no ar!...
Revisitando o Natal
Após a confraternização familiar da noite natalina, me refugiei na fazenda com alguns entes e me pus a refletir sobre todas as fases da minha vida e o olhar que tinha sobre o Natal em cada uma delas.
Na infância, a magia imperava, apesar dos meus pais nunca terem incutido a crença no Bom Velhinho em mim e na minha irmã. Mesmo assim o momento era de encanto: roupa e sapatos novos, meias-calças brancas de bolinhas da mesma cor, cabelos arrumados e a ansiedade do encontro com os primos e da surpresa dos presentes. Nessa época, ainda não tinha o paladar apurado para as delícias de uma boa ceia. O foco era o encontro, a correria, o rasgar dos papeis de presente, a euforia de compartilhar o brinquedo recém conquistado e saber que no fim da noite, já com a meia-calça com fios puxados, ele iria para casa comigo.
Como sou de família evangélica, em todas as noites de Natal celebramos um culto para resgatar o real significado dessa comemoração: o nascimento de Jesus. Esses cultos traziam (e ainda trazem) reflexões e fazem com que todos participem, como numa dinâmica de grupo, dando a sua contribuição a partir de um depoimento sobre o tema proposto. O desse ano foi GRATIDÃO.
Quando cheguei a adolescência, esses cultos tornaram-se enfadonhos. Os presentes tornaram-se lembrancinhas e não existia mais a vontade de usar a melhor roupa. Os encontros eram bons. Revia meus tios, primos e principalmente meus avós, que na mesma data comemoravam aniversário de casamento.
Comecei a apreciar os pratos natalinos, mas sentia saudades da encenação do nascimento de cristo com os primos Fabrício, Juninho e Maurício caracterizados dos três Reis Magos, e de tio Tâno vestido de Papai Noel no lendário Natal de Aracajú. Mas a fase era de transgredir! Queria sair, namorar, viajar e aquele encontro me sugava para as minhas raízes, me sacudia do mundo de “ilusões” que eu vivia, me trazia para o seio da minha família, me fazia refletir e se tornava perturbador.
A minha adolescência não foi nada fácil. Graças a Deus tive um super Anjo da Guarda e a paciência interminável da minha família. Sempre tive uma comunicação aberta com os meus pais, mas determinadas peripécias eram inconfessáveis. Tropecei, errei, caí, levantei. Amadureci e aprendi a dar o valor merecido à família. Esse resgate aconteceu aos poucos, num processo de reencontro com a essência maternal.
Me apaixonei e mergulhei de cabeça nessa relação. Conheci o amor através dos meus filhos e o Natal passou a ter um significado maior. Perdi meu avô ainda grávida do primeiro bebê e soube que a partir daquele momento os nossos Natais não seriam os mesmos. A alegria de vovô era ver a família reunida: filhos, genros e noras, netos e bisnetos. Amava as comidas, as orações de mãos dadas e os carinhosos presentes que recebia. Se recolhia cedo. A ausência de vovô ainda me dá uma sensação de vazio.
Assim como os meus pais, sempre disse a verdade aos meus filhos sobre a existência do Papai Noel. Mas a vida faz bem o seu papel, fechando os ciclos, se tornando uma repetição. Lemos histórias sobre o nascimento de Jesus, fazemos orações pela paz mundial, preservação da natureza e pelo fim da fome. Visto neles as melhores roupas e sapatos, apesar de neste ano ter levado por engano um sapato do Bernardo para o Cristovão, obrigando-o a ceiar de chinelos.
Sinto neles a mesma emoção que tinha quando criança, ao ver as luzes da decoração da cidade, a linda árvore enfeitada com presentes, o entusiasmo de reencontrar os priminhos. Vejo em mim, hoje, o amor dos meus pais, o prazer em estar com os meus, em me reconhecer nas crianças, em fazer parte da minha família propagando entre os meus filhos a tradição do Natal e transmitindo os valores reais dessa festa.
A minha GRATIDÃO desse ano foi pela vida dos meus pais e pelo apoio que recebo deles, foi pela amizade e colaboração constante de Aline, pelo comprometimento e doação irrestrita do pai dos meus filhos, pela existência feliz dos meninos e por ser quem eu sou hoje, resultado da minha trajetória.