segunda-feira, 29 de março de 2010

Espera - Batatinha


É doloroso esperar
E sem nunca chegar
Quem a gente quer
E com a alma em desespero
Se procura no espelho
Uma solução qualquer


Marca mais hora o relógio do que há no dia
E o pior do silêncio é a agonia


A gente espera até quando o corpo cansa
E depois se embala no belo sonho da esperança

domingo, 28 de março de 2010

Os Holofotes da Justiça

Desde a semana passada que a imprensa noticia o julgamento do pai e da madrasta de Isabela Nardoni, causando grande expectativa na sociedade. O Brasil inteiro acompanhou a repercussão desse crime que mostrou o quanto os valores da família estão deteriorados.
O caso Isabela chocou pela sua brutalidade, frieza e sordidez do casal Nardoni. Mas quantas Isabelas existem ou existiram para esse caso ter uma repercussão tão extensa na mídia?
Nesta semana de julgamento do caso, a televisão faz cobertura ao vivo. A internet sugere que os navegadores de plantão sigam todas as informações, desde o trajeto do camburão que leva Alexandre ao tribunal, até a primeira pessoa que ficou na fila para assistir ao julgamento, que foi levado ao júri popular.
Os crimes são muitos e cada vez mais bárbaros. Em Feira de Santana foi julgado um caso, o qual um homem violentou sexualmente uma criança, a enforcou com um cordão de bermuda e jogou seu corpo num poço. O corpo da criança boiou. Não satisfeito, o homem cortou-lhe as víceras de baixo para cima, fazendo com que o corpo do menor afundasse. Esse caso estampou a primeira página do jornal Folha do Estado, que circula neste município, e só. Não teve nenhuma repercussão sensacionalista.
Hoje, em Feira de Santana, a justiça anda a passos de tartarugas. O município possui cerca de 600 mil habitantes e há apenas um promotor público, Dr. Cláudio Gerner, e um juíz titular, Dr. Edvaldo Jatobá, que se desdobram para dar conta de tanta barbarirade. A imprensa precisa divulgar tamanho absurdo, para que mais casos sejam julgados, inocentes sejam liberados e culpados tenham suas penas determinas. Mas não podemos alimentar essa sede de holofotes em cima de casos isolados, já que bem ao nosso lado também estão acontecendo coisas terríveis.

Cheirinho de Mofo na Estante

Ai... Senti uma saudade quase que nostálgica de escrever no blog. Sei que desde o começo deixei claro que não teria um compromisso diário, apenas quando sentisse vontade, e sigo à risca a proposta.
Mas hoje é domingo, e domingos não são dias agradáveis para mim. Apesar de estar com a família, descansando, ouvindo música e colocando a leitura em dia, o domingo me passa uma sensação de fim, de acabado, de saudade sem sentido. Sem falar na programação da TV...
Hoje, tirei a tarde para arrumar meus CDs e ouvir músicas que a gente não acha na internet, como "Amor de Mis Amores" cantada por Nana Caymmi, "Espera" de Batatinha, e "Oxotocanxoxo" de Roberto Mendes. Músicas que marcaram momentos da minha vida. Matei minhas saudades e descobri que no momento exato em que vivo, não há nenhuma música que o represente. Preciso voltar a cultivar meus hábitos culturais, e comprar mais CDs, até porque ninguém vive só de lembranças.